FAZES-ME FALTA - INÊS PEDROSA
Título: Fazes-me Falta
Autora: Inês Pedrosa
Ano: 2012
Editora:
Folha de São Paulo
O livro Fazes-me Falta é um romance da escritora portuguesa Inês
Pedrosa, ele fez parte de uma coleção da Folha dedica à Literatura
Ibero-Americana. Inês nasceu em 1962 e é licenciada em Ciências da Comunicação
pela Universidade Nova Lisboa. Ela já trabalhou na imprensa, no rádio e na
televisão, recebendo vários prêmios. Além de Portugal, seus livros já foram
publicados no Brasil, na Espanha, na Itália e na Alemanha. Seu mais recente
lançamento, em 2016, foi um livro de citações intitulado As Lições de Vida de
William Shakespeare.
Fazes-me Falta foi publicado, pela
primeira, vez em 2002 e já vendeu mais de 100 mil exemplares. O livro (ficcional)
cruza as vozes de consciência de um casal moderno, sendo que a mulher está
morta e o homem ainda vive e convive com a falta da amada. Cada capítulo,
alternadamente, é a descrição da consciência de um dos protagonistas.
Ela era uma jovem professora
universitária feminista. Ele era um homem de meia idade que decidiu fazer mais
um curso universitário (História). Daí surgiu um relacionamento entre professora
e aluno, sem grandes expectativas, totalmente aberto. Ela começou a se dedicar
também a uma carreira política, tornando-se uma congressista portuguesa. Aos
poucos, os dois foram se afastando afetivamente, ela foi também se desiludindo da
carreira política, até que a morte abrupta consolidou a separação entre o
casal. Só com a separação definitiva, eles se deram conta da falta que um fazia na vida do outro. E, quantas vezes, não é assim também nas nossas vidas?
Não é o melhor romance
que eu já li na vida. Mas, com certeza, é um livro que vale a pena ser lido. De
zero a cinco estrelas (sendo cinco, a nota máxima), eu daria três estrelas.
Talvez as pessoas que viveram uma perda afetiva recentemente se identifiquem e
gostem mais da estória. Mesmo que este não seja o seu caso, Fazes-me Falta é uma boa leitura de férias.
Seguem abaixo algumas
citações para se familiarizar com o estilo da autora:
“-Já vai passar, nunca vai passar, não te
importes, todas as noites são rasgadas pela violência, em algum lugar, desde o
princípio ao fim e ao recomeço da História.”
“As noites mais puras. As noites em que
amei o maior dos meus amores, aquele que nunca foi meu, aquele a quem nunca
pertenci porque apenas me entreguei.”
“Tanto insistias. Que não me definisse
como feminista em público. Ou que pelo menos usasse um vestido justo e um
decote grande para o afirmar. Que sorrisse em vez de criticar. Ou que pelo
menos sorrisse enquanto criticava. Pobre querido. Para o meu bem, eu sei. Tudo
o que devemos abdicar de ser é para o nosso bem. Terás alguma vez entendido que
o bem que eu queria para mim era só o de ser quem eu era?”
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