A TURBULENTA VIDA DE ERNEST HEMINGWAY
Um dos livros da meta era O Velho e o Mar
do Nobel norte-americano, Ernest Hemingway. O amigo que recomendou a leitura
falou que era uma estória bonita. Era um livro que eu já tinha em casa há
alguns anos. Ganhei do marido de uma amiga quando fui ao casamento deles. Ele
recomendou enfaticamente a leitura. O livro é curto e fácil de ler. Ideal para
as férias. Ainda não sei bem o que eu achei sobre ele. Uma estória bonita, mas
muito depressiva.
Esta edição portuguesa traz as ilutrações originais da obra de 1952 (Desenhadas à mão). |
Logo após escrever O Velho e o Mar, em
1952, Hemingway foi a um safari na África, onde sofreu dois acidentes aéreos,
que o deixaram com sequelas dolorosas até o final da sua vida. Ele se suicidou no
dia 2 de julho de 1961, aos 62 anos. Sua vida foi atribulada e única. O que
contribuiu para que ele escrevesse suas mais famosas obras, como Paris Nunca Acaba e Por quem os Sinos Dobram (que também virou filme).
Hemingway foi motorista de ambulância
durante a Primeira Guerra. Depois se tornou jornalista e free lancer, nos EUA e
no Canadá, até decidir se mudar para Paris, em 1921, com a primeira de suas
quatro esposas. Baseado no post, 11
coisas (muito malucas) que você não sabia sobre Ernest Heminghway e na
biografia dele da Wikipedia em inglês, resolvi compilar os dois aspectos que mais
chamaram a minha atenção.
HEMINGWAY FOI DO SERVIÇO SECRETO
Ernest Hemingway trabalhou para o serviço
secreto. Ele aceitou colaborar com a KGB, o serviço secreto russo, durante o
auge da Guerra Fria. Provavelmente ele não forneceu informações confiáveis, nem
nada de muito relevante. Embora haja sempre um “glamour” com a espionagem, na
prática, a vida é muito mais trivial que isso. Segundo o livro Guia
Politicamente Incorreto da História do Brasil, a KGB também financiou Carlos
Prestes no Brasil, que, assim como Hemingway parece ter gasto todo o dinheiro
em farras e não ter dado nenhum resultado relevante;
Ele foi grampeado e vigiado pelo FBI ao
final de sua vida. Assim como a espionagem, a contra espionagem nem sempre é
tão eficiente como nos filmes. A pior parte é que Hemingway foi considerado paranoico,
porque dizia que estava sendo grampeado e seguido. Seus amigos não acreditaram
nele e ele chegou a fazer tratamento para doentes mentais, mas, depois que ele
morreu, ficou provado que ele estava mesmo sendo perseguido pelo FBI. Esse é um
dos raros casos, que a alegada perseguição era verdadeira.
HEMINGWAY TEVE UMA VIDA AMOROSA ATRIBULADA
Hemingway teve quatro esposas. Acho que
isso não choca ninguém hoje em dia, mas, naquela época, pode ter chocado. A
primeira paixão de Hemingway foi uma grande desilusão amorosa. Ele se apaixonou
pela enfermeira Agnes von Kurrowsky durante a guerra. Ela era sete anos mais
velha do que ele. Quando a guerra terminou, eles tinham combinado se casar
meses depois. Hemingway voltou para os EUA, onde recebeu uma carta de Agnes
rompendo o noivado porque iria se casar com um oficial italiano. A história de
amor entre os dois virou um filme In Love
and War (1996). Agnes aparece em vários romances do escritor e no seu livro
clássico Adeus às Armas. Ao que tudo
indica, Hemingway ficou devastado por essa rejeição.
Filme sobre o primeiro amor de Hemingway. |
Sua primeira esposa, Hadney Richardson,
era irmã de um colega de trabalho. Ela era oito anos mais velha do que ele,
bonita, rica e eles foram viver na Europa, em 1921. Depois de alguns
contratempos, o casal decidiu morar em Toronto, Canadá, onde o filho deles,
Jack, nasceu. Mas Hemingway sentia muita falta de Paris, ele achava Toronto
muito chato. A família voltou para Paris. Lá ele se tornou amigo do escritor F.
Scott Fitzgerald. Fatos bizarros: a esposa de Scott Fitzgerald falou que pênis dele
era muito pequeno, então, ele pediu para que Hemingway olhasse e desse uma
opinião. A
O casamento de Hemingway e Hadney se
deteriorou. Após cinco anos, ele estava tendo um caso com sua editora, Pauline
Pfeiffer. O casal se divorciou e Hemingway se casou com Pfeiffer em 1927. Ela
era uma norte-americana de uma família abastada do interior. Ela queria voltar
a viver nos EUA e o casal foi para lá. Nessa época, Hemingway recebeu a notícia
do suicídio de seu pai. Sua primeira esposa também tivera de presenciar o
suicídio do pai dela. Pela primeira vez, ele entendeu aquela dor e comentou: “Provavelmente,
eu vou da mesma forma.”.
Depois de 11 anos de casamento e três
filhos, em 1938, Hemingway conheceu a jornalista Martha Guellhorn, que viria a
se tornar sua terceira esposa. O casal passou um tempo em Cuba, depois Martha
foi mandada à China e ele a acompanhou. Hoje existe um prêmio de jornalismo em
homenagem à Martha Guellhorn. Parece que Hemingway não ajudou Martha numa
situação difícil durante a Segunda Guerra, ela ficou ofendida e pediu a
separação.
Hemingway pediu Mary Wesh, outra
jornalista, em casamento no terceiro encontro e ela aceitou, em 1944. No início
do casamento, o casal sofreu vários acidentes praticando esportes radicais. Ela
estava com ele nesses dois acidentes aéreos. Aparentemente, ele desenvolveu
alcoolismo para suportar as dores dos traumatismos. Depois de várias
turbulências, como ser obrigado a sair de Cuba, país que ele amava, Hemingway
acabou se matando, assim como seu pai.
O que dizer sobre isso? Depressão é uma doença, se você passa por isso, ou conhece alguém que passa, procure ajuda
médica. Eu enfrento a depressão há vários anos. Já escutei todo o tipo de “bobagem”
sobre o tema. As terapias alternativas como Yoga e meditação foram muito boas
para mim, assim como o apoio de amigos e familiares, mas a terapia médica é
fundamental. Procure ajuda, antes de você achar que precisa muito.
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BOA SEMANA! BOAS LEITURAS!
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