ONDE VOCÊ QUER ESTAR EM DEZEMBRO DE 2026? QUAL O(A) SEU(UA) CANDIDATO(A) AO SENADO?

Onde você quer estar em dezembro de 2026, isto é, daqui 8 anos? Segundo o livro Dos 20 aos 30 – A Idade Decisiva, a parte do nosso cérebro responsável por fazer previsões sobre futuro é a última a se formar. Em muitas pessoas, ela é mal formada ou, em casos extremos, não existe. Por isso, a autora pede para os seus clientes desenharem, numa linha do tempo, os objetivos que eles querem alcançar. Dessa forma a pessoa enxerga o que é possível e o que não é (por ser conflitante), assim conseguindo estabelecer prioridades e metas acertadas para a vida.

Hoje é domingo, dia 26 de agosto de 2018. Estamos a um mês das eleições para legislativo (dois senadores, um deputado federal e um deputado estadual) e para o executivo (um presidente e um governado). As pessoas, talvez por uma saudade da Monarquia, se focam demais no poder executivo central, a figura do Presidente e se esquecem da importância do legislativo. Afinal, sem ele, é impossível que qualquer presidente governe.

VOCÊ JÁ TEM CANDIDATO(A) PARA SENADOR?

O mandado de Senador dura 8 anos. Sim, 8 anos. Nós votamos em senadores a cada 4 anos, porque o senado se renova seguindo uma regra de 1/3 e 2/3. Este ano, renovaremos 2/3 do senado, por isso, vamos votar em dois senadores. Você já escolheu os seus?

Preferencialmente, sugiro votar em um senador do partido do seu candidato à Presidência. Outra regra que o filósofo Sérgio Cortella expõe numa conversa com Leandro Karnal é: “NÃO VOTE EM UM CANDIDATO QUE NÃO VOTARIA EM VOCÊ!”. Essa regra mudou minha vida. Durante vários anos da minha vida, votei ou dei suporte para pessoas, que não votariam em mim nem me suportariam. Talvez esse comportamento venha de um desejo de aceitação social ou algum complexo (“Freud explica!”). Graças a Deus, eu me dei conta dele e agora acabou. Confira a conversa na íntegra pelo link abaixo:




O QUE O SENADO OFERECE?

Pouca gente sabe disso, mas o site do Senado oferece cursos gratuitos sobre diversos temas, desde nova ortografia, à legislação, doutrinas políticas até pós-graduações reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC). Praticamente todos gratuitos. Se você se interessou e quer saber mais, clique aqui. Dentro desse site, existe até um curso gratuito que explica como funciona o poder legislativo em todas as instâncias (municipal, estadual e federal), vale muito a pena fazer.

A IMPORTÂNCIA DO VOTO FEMININO

Como mulher e feminista, consciente da dificuldade que foi para as mulheres a conquista do direito ao voto, sugiro que votemos em uma candidata (mulher). O primeiro país onde as mulheres puderam votar foi na Nova Zelândia em 1893. Na Alemanha, isso ocorreu em 1918, nos EUA, 1920, no Brasil, em 1930, no Canadá, em 1940, na China, em 1949, na Suíça, em 1992, na África do Sul, em 1994, e parece que ainda existem países onde as mulheres são proibidas de votar.

Atualmente o Brasil tem menos mulheres no Senado (13%) do que países muçulmanos como a Jordânia, Síria, Somália, Líbia, Marrocos, Indonésia, Iraque, Paquistão, Afeganistão, Tunísia, Emirados Árabes e até mesmo a Arábia Saudita. Confira a reportagem na íntegra no site do Estadão, clicando aqui.

No estado de São Paulo, existem 19 candidatos ao Senado, sendo seis mulheres: MARA GABRILLI (PSDB), CIDINHA (MDB), a atleta medalhista olímpica do salto triplo MAURREN MAGGI (PSB), DRA. ELIANA FERREIRA (PSTU), MOIRA LÁZARO (REDE) e PROFESSORA SÍLVIA FERRARO (PSOL).

No Brasil, só 10,5% das deputadas federais são mulheres. O site da Gazeta do Povo traz todos os candidatos e candidatas a todas as esferas para cada estado brasileiro, clica no site com link aqui, e escolha uma candidata alinhada as suas ideias. Para quem não quer escolher um(a) candidato(a) a deputado(a) federal e estadual, também é possível o voto partidário. Se você digitar os dois primeiros números do partido, por exemplo “13” para o PT ou “45” para PSDB, seu voto irá para o candidato mais votado de um desses partidos. Já fiz isso algumas vezes.

Para governador, o estado de São Paulo tem 12 candidatos e apenas uma é mulher: a PROFESSORA LISETE do PSOL. Para a presidência da República temos 13 candidatos e apenas duas são mulheres, a MARINA SILVA da Rede e a VERA do PSTU.

MULHERES RELEVANTES NA POLÍTICA MUNDIAL: MUITO ALÉM DA THATCHER

Embora no Brasil, a pauta feminista esteja mais associada aos partidos de esquerda, é importante lembrar que o feminismo é apartidário. Existiram e existem grandes líderes do feminismo dentro do liberalismo econômico por exemplo. O nome de uma mulher que é sempre lembrada na direita é a MARGARET THATCHER, ex primeira ministra britânica, já falecida. Para mim, esse nome é exageradamente lembrado (apesar de ser importante), em detrimento de centenas de outras mulheres importantes na política, como a atual primeira ministra britânica, THERESA MAY, a premiê alemã ANGELA MERKEL, a ex-presidente do Chile MICHELE BACHELET (que, no caso, ela é de esquerda).

Ou até figuras históricas como a primeira ministra paquistanesa BENAZIR BUTTO, a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe de governo num país muçulmano, em 1988, a primeira ministra israelense, GOLDA MEIR, a primeira ministra indiana, INDIRA GANDHI (que não é parente do Gandhi), a primeira ministra turca, TANSU ÇILLER, entre muitas outras.

Em resumo, tem muito mais mulher politicamente relevante tanto na esquerda quanto na direita do que dizem por aí. Quando um homem quer falar disso e cita só a Thatcher, para mim, mostra mais ignorância do que conhecimento sobre tema. Deveria, no mínimo, citar umas três ou quatro para argumentar. Este ano teve até a primeira candidata transexual, Chirstine Hallquist, a concorrernas eleições para governador(a) nos EUA. Confira a notícia no site do UOL, clicando aqui.

MEU CANDIDATO À PRESIDÊNCIA EM 2018

Infelizmente não tenho nenhuma mulher em quem votar para a Presidência do Brasil, que esteja alinhada com as minhas convicções. Eu assisti as entrevistas no Roda Vida (na íntegra) do João Amoêdo, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Marina Silva. Eu queria muito votar no João Amoêdo, mas ele se esforçou para não ter meu voto. Caiu por causa da regra do Cortella de “Não vote em alguém que não votaria em você”. O Partido Novo vende a ideia de ser liberal, mas é retrógrado na questão de gênero. Dadas as escolhas possíveis, acabei decidindo votar no Ciro Gomes, por causa das pautas de segurança e educação e porque sua vice é Kátia Abreu. Lamento o fato de ter que votar num candidato de “esquerda” porque a “direita” brasileira está de matar. Preferiria votar num candidato que fosse liberal de fato. O menos pior parece ser o Henrique Meirelles.

Para quem quer ter um resumo de todas as propostas dos candidatos à Presidência, o melhor e mais imparcial que eu encontrei foi o da BBC, leia clicando aqui. Também vale a pena conferir a matéria do G1 sobre o patrimônio que cada candidato à Presidência declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), clicando aqui.

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