PARA MORTADELAS: DUAS RECOMENDAÇÕES DE PRESENTE NESTE NATAL!
Um amigo “coxinha” pediu para recomendar
sugestões de presente para “mortadelas” também. Acreditem se puderem, sou liberal
convicta para tudo, tanto para os costumes quanto para economia. Porém,
contudo, no entanto, nenhum dos políticos vigentes me representa. Não acredito minimamente
que eles sejam liberais.
Por esse lado, deveria ser fácil
recomendar livros que propaguem corretamente as ideias liberais. Mas, não é. Já
tentei ler A Revolta de Atlas da
filósofa Ayn Rand. Não dei conta de terminar o primeiro volume. Talvez um dia
eu termine, mas achei quase sadomasoquista, uma espécie de 50 Tons de Cinza
econômico.
Por outro lado, um livro que mudou a minha
vida, que eu li e pensei “Liberalismo é isso, então, eu acredito!” foi O Caminho da Servidão de Friedrich
Hayek. Amo, adoro, recomendo esse livro, mas não para “mortadelas”. É muito
direto. Seria igual dar O Capital de
Karl Marx para um(a) “coxinha”. Eles não vão ter a imparcialidade suficiente
para ler. O fanatismo não deixa.
Todo mundo sabe que eu sou fã de carteirinha
da filósofa Hannah Arendt. Ela é considerada uma filósofa liberal, mas, acredito
que ela mesma não se achasse liberal. Em algumas partes do livro A Origem do Totalitarismo, Hannah
Arendt critica os liberais. Eichmann em
Jerusalém também é um livro que eu gosto muito. E (pasmem!) a Marina
Silva na entrevista ao programa Roda Viva da TV Cultura, citou que, depois da
Bíblia, o segundo livro que ela mais lê Homens
em Tempos Sombrios de Hannah Arendt. Nunca li, mas está na minha lista.
Qual o problema de recomendar Hannah Arendt? É muito difícil de ler para uma
pessoa com uma escolaridade mediana, as discussões são muito aprofundadas e
muito longas. Se a pessoa for só poser
de intelectual, provavelmente, ela vai desistir sem terminar de ler.
Excluídas essas possibilidades pelas
razões que eu já expliquei, selecionei também duas sugestões para “mortadelas”
ficarem mais abertos a uma menor intervenção do Estado. São elas:
Autor:
George Orwell
Editora:
Companhia
das Letras
Ano:
2007
POR
QUE EU ESCOLHI ESTE LIVRO?
Porque ele é um clássico. George Orwell
(1903 – 1950) alimentava ideais de esquerda. Mas, acabou se desencantando com o
processo de implementação desses regimes políticos. Quero deixar bem claro que
isso foi num contexto histórico quando o comunismo ainda existia, isto é, antes
de 1950. Depois do desencanto, Orwell escreveu essa parodia, onde os animais
tomam o controle da fazenda e implementam um regime comunista. Vale muito a
pena ler e dar de presente. Eu mesma ganhei de um amigo que eu gosto muito.
Autor:
Susan Sontag
Editora:
Companhia
das Letras
Ano:
2003
POR
QUE ESCOLHI ESTE LIVRO?
Foi o único livro que eu li de Susan
Sontag até hoje, mas me apaixonei pelas suas ideias. A autora investiga porque
nos tornamos indiferentes as imagens de sofrimento propagadas pela mídia todos
os dias. Por que a dor dos outros não nos afeta? Parece que ela escreveu um
outro livro sobre o mesmo tema – Sobre Fotografia
– em 1977. Mais de vinte anos depois, tendo presenciado episódios como o 11 de
setembro, Susan Sontag mudou de opinião sobre alguns pontos a respeito da
indiferença humana ao sofrimento alheio e escreveu Diante da Dor dos Outros.
Além disso, Sontag declarou, em 1982, que
pessoas “da esquerda”, como ela mesma até então, “contaram voluntariamente ou a
contragosto muitas mentiras” e fez uma crítica severa às mídias ideologizadas citando
revistas dos dois lados nos EUA. Paralelamente, seria como criticar a Veja, a Folha e a Carta Capital no mesmo discurso. Gerou muita polêmica na época.
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