O que são criptomoedas? O que é blockchain? E de onde vem o bife?
Olá, pessoas! Ontem tive a primeira de duas aulas sobre blockchain e criptomoedas no curso do MBA em Negócios Digitais. Muito instrutiva e muito interessante. A professora Solange Gueiros, uma especialista no tema, falava muito apaixonadamente. Antes da aula, eu estava com muitos pensamentos negativos, atribulada com algumas entregas. Mas a paixão da professora era tão grande e o tema é tão interessante e tão atual que foi como se eu tivesse entrado em um portal e me transportado para outra dimensão (onde todos os problemas estão resolvidos e nada mais importa). Vocês também já tiveram uma experiência de aulas assim?
Vou compartilhar aqui, apenas alguns insights principais da aula. Durante a aula, alguém perguntou:
Por onde deve começar, alguém que quer aprender sobre criptomoedas?
Fonte: Unsplash - Crédito: @tatisimikito |
Resposta da professora: Lendo
os portais de notícias. Para se familiarizar com os termos e as questões que
geram discussão na atualidade. Depois da familiarização com os termos, aí sim,
procure os livros para se aprofundar. Parênteses meu: Isso é muito parecido com
o que eu responderia para uma pessoa que quer aprender sobre investimentos em
geral.
Entre os portais de notícia,
ela recomendou Cointelegraph
(este portal está disponível em português, link
aqui) e o CryptoNews (somente em inglês, link aqui). Entre os livros,
ele recomenda todos do Andreas Antonopoulos.
Ele é um empreendedor em tecnologia grego-britânico, que advoga pelo Bitcoin.
Além de vários livros, ele tem um Canal no YouTube (link aqui). Aliás, alguém aqui tem alguma dica de podcast sobre o tema?
Daqui para frente, são minhas perguntas e minhas respostas, para expor alguns conceitos básicos sobre o tema.
O que são criptomoedas?
Fonte: Unsplash - Crédito: Executium @executium
Assim, como o dinheiro convencional, a criptomoeda é um meio de troca. Obviamente, um meio digital. Para isso, as criptomoedas utilizam de uma tecnologia chamada blockchain e da criptografia para assegurar a validade das transações. Essas bases (blockchain e criptografia) também são usadas para criar novas unidades de moeda. Já escrevi sobre a importância da criptografia antes, relembre clicando aqui. Além disso, as criptomoedas podem ser centralizadas ou descentralizadas (Essa parte de centralizada ou descentralizada é importante para mim, espero poder escrever mais sobre isso). A primeira criptomoeda foi o Bitcoin, criada em 2009. Hoje já temos diversas criptomoedas em operação. Inclusive possível criar a sua própria criptomoeda (saiba mais clicando aqui, quem me passou essa dica foi uma colega de MBA, entusiasta das criptomoedas).
O que é blockchain?
“Blockchain
é um livro-razão de estados distribuídos.”
Fonte: Unsplash - Crédito: Aaron Burden
Livro-razão é um conceito contábil. Vem daquele tempo antigo, quando se anotava todas as transações financeiras de uma empresa sistematicamente em um caderno. Quem lesse aquele caderno, saberia quais foram (e quando) todas as operações financeiras da empresa. O blockchain pode ser pensado como a mesma coisa. São “cadernões” abertos de informações. Não precisa necessariamente ser uma informação contábil, pode ser qualquer coisa.
Minha história com blockchain na pecuária... De onde vem meu bife?
Fonte: Unsplash - Crédito: Juliana Amorim @juuamorin
Vale a pena enfatizar que blockchain pode ser usado para diversas outras coisas, além de criptomoedas. Por exemplo, a primeira vez que ouvi falar em blockchain foi no começo dos anos 2000, por meio de uma empresa que usava blockchain para rastrear a origem da carne. Eu sou muito carnívora e amo comer boas carnes bovinas. Por exemplo, um pedaço de picanha com blockchain me permite saber exatamente por onde aquele pedaço de picanha passou depois que foi cortado, quando, onde e como foi guardado. Isso afeta o gosto da carne. Além disso, o blockchain me permite saber de qual boi ou vaca aquele pedaço de picanha foi cortado, como, onde e quando o animal foi abatido, onde aquele animal vivia antes (por exemplo, se era ou não uma área de desmatamento). Isso me interessa tanto por razões éticas quanto religiosas. Além disso, se o sistema for desenhado para isso, o blockchain que tipo de comida era dado ao animal. Essa informação me interessa tanto por razões pertinentes ao gosto da carne quanto as pertinentes à saúde (a minha e a do animal). Pela própria estrutura da tecnologia blockchain, é quase impossível falsificar uma informação na cadeia. Em resumo, então eu era uma entusiasta do blockchain no gado. Infelizmente, há 20 anos, isso era muito visionário e acho que o negócio não foi para frente.
Outras aplicações de blockchain que você nem imagina...
Um colega advogado do curso de MBA me falou que ajudou a desenvolver um livro enumerando diversas aplicações para o blockchain em diversos setores. O livro é em português e está disponível no link aqui.
Voltando à nossa definição de blockchain...
“Blockchain é um livro-razão de estados distribuídos.”
Falta explicar o que são estados, o que distribuído, o que isso tem a ver com centralizado e descentralizado e como isso tem tudo a ver com a nova economia. Em resumo, é muito assunto para pouco post!
Vou continuar postando
sobre o tema em breve, se vocês gostarem deste post. Para quem quiser saber mais, vale a pena também acompanhar o
blog e as redes sociais do Dr. Paulo Nocera
Alves Junior (link aqui).
Muito obrigada. Se quiser conversar mais, você me acha por aí, nas redes sociais...Instagram, Facebook e LinkedIn.
Boa semana!
Sobre a autora
Sou Isotilia,
algumas pessoas também me conhecem como Ada. Sou engenheira, fascinada por
tomadas de decisão em ambientes complexos e negociações. Sou apaixonada por
Mentoria, Educação, Consultoria, Orientação e Pesquisa na área de Gestão e
Tomada de Decisão, principalmente aquelas que envolvem a integração de métodos
quantitativos e inteligência artificial.
Sou mestra e
doutora em Engenharia de Produção pela Universidade de São Paulo (USP).
Atualmente estou fazendo MBA em Negócios Digitais (USP) e sou orientadora dos
projetos finais do curso de MBA em Gestão de Projetos (USP), desde 2018. Em
transição para assumir um projeto na Universidad Adolfo Ibáñez (UAI), no Chile,
reconhecida por ter a melhor Escola de Negócios da América Latina. Já orientei
mais de 50 projetos de gestão, apliquei-os a diversos setores.
Minha tese de
doutorado foi o desenvolvimento de um modelo de gestão de custos de estoque,
aplicado ao comércio eletrônico. Na minha dissertação de mestrado, desenvolvi
indicadores para medir o desempenho de corredores de transporte, integrando
três pilares da sustentabilidade (econômico, social e ambiental).
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