BRASIL E BÉLGICA

Olá, pessoal! Eu já voltei para o Brasil. A viagem de volta correu tranquilamente. Ainda tenho muita coisa para escrever. Preciso escrever sobre a vida de Cicely Saunders (homenageada pelo King’s College em Londres, relembre aqui), sobre os Países Baixos, sobre o Forum Ludivic em Aachen (um museu de arte pop), sobre a Berlinale (mostra de cinema alemão), sobre a Nobel Elfriede Jelinek e a história da empresa Mercedes-Benz, sobre o Holocausto e talvez um pouco sobre Frankfurt ou as próximas viagens planejadas para este ano (Índia, Etiópia e Canadá).
Praça Central de Bruxelas à noite no inverno.

Mas me cobraram Bélgica. Foi a primeira vez que visitei esse país. Estive na capital Bruxelas e na cidade de Bruges. Passei só um fim de semana, mas fiquei fascinada pelo país. A Bélgica é um país com pouco mais de 11 milhões de habitantes, ou seja, mais ou menos a população do Estado do Paraná. Só que o território belga é menor que o Parque Nacional do Xingu.
Cerveja belga considerada uma das melhores do mundo. Eu experimentei no bar Delirium (Bruxelas), que também é muito famoso.

Aliás, a Bélgica é uma monarquia parlamentarista. E sua capital, Bruxelas, é sede do Parlamento da União Europeia. Vale muito a pena uma visita ao Parlamento. E por falar em rei... Em 1964, o então rei da Bélgica, Leopoldo III, visitou o Brasil. Ele passou por São Carlos (cidade onde moro) e, no centro da cidade, existe uma placa marcando o local onde a rainha tirou uma flor. Segundo relato do livro Marcha para o Oeste de Orlando e Claúdio Villas Bôas, o rei belga Leopoldo III tinha planejado uma visita de 30 dias ao Parque Nacional do Xingu, acabou ficando 60, completamente apaixonado pelo local. No livro Quase Memórias, o cronista Carlos Heitor Cony conta que seu avô teve uma iteração cômica com o rei da Bélgica no Brasil.
Livro que conta a visita do rei da Bélgica ao Parque Nacional do Xingu.

Mas voltando ao assunto... Além de possuir as melhores cervejas do mundo, a Bélgica possui três línguas oficiais: o francês, o flamengo e o alemão. E é um país muito dividido. As pressões para que o país se separe em dois (um país de língua flamenga e outro de língua francesa) são muito fortes. Bruges (cidade super romântica) fica do lado flamengo. As pessoas me alertaram para não falar francês lá de jeito nenhum (isso ofende os locais). Uma das grandes questões é que Bruxelas fica bem no meio e os dois lados querem ficar com a cidade.
Outro livro que também traz uma história durante a visita do rei da Bélgica ao Brasil.

A praça central de Bruxelas é um dos lugares mais bonitos que já vi na vida. Além disso, Bruxelas é sede do monumento Atomium, com 103 m de altura, que representa um cristal elementar de ferro ampliado 165 milhões de vezes. Também visitei uma livraria em Bruxelas que é considerada uma das mais belas do mundo. Não fiquei fascinada pela beleza (prefiro o Real Gabinete Português de Leitura no Rio de Janeiro), mas fiquei impressionada com o tamanho da livraria e com a quantidade de livros. Provavelmente seja a maior que eu já vi.
Monumento Atomium

Aproveitei e fiz compras (em francês), seguindo recomendações de uma amiga belga:
1.                 Oscar et la dame rose de Eric-Emmanuel Schmitt. É um escritor belga contemporâneo muito produtivo. Fiz uma busca rápida na internet e achei doze obras dele traduzidas para o português. Inclusive esta que foi traduzida com o título Óscar e a Senhora Cor-de-rosa e tem filme baseado no livro;
Filme baseado no livro.

2.                 Bonjour tristesse de Françoise Sagan. A autora é francesa. Essa deve ser a obra mais famosa dela. Já foi traduzida para o português com o título Bom dia, tristeza. Também virou filme;
Cartaz do filme de 1958, baseado no livro.

3.                 Le Noeud de Vipères de François Mauriac. Escritor francês, ganhou o Nobel em 1952. Já li alguma coisa dele em português (O Deserto do Amor, a única obra dele traduzida para o português – década de 60), que não me marcou muito. É lógico que a minha amiga jura que o problema foi a tradução... Então vamos ler no original. Também tem filme baseado no livro;
4.                 Stupeur et tremblements de Amélie Nothomb. Escritora belga contemporânea, já com vários livros traduzidos para o português. Esta obra foi traduzida com o título Temor e tremor. Também já virou filme;
Filme baseado no livro.

5.                 Au nom de tous les hommes de Martin Gray. Martin Gray é um sobrevivente do Holocausto. E a vida dele foi uma coleção de tragédias, mas ele nunca perdeu o otimismo e a alegria de viver. Existe um filme sobre a vida dele (For those I loved). Já tinha ouvido falar porque o autor do livro Quando coisas ruins acontecem às pessoas boas faz menção a Martin Gray, como exemplo.

Rei Filipe, atual rei da Bélgica, guarda parentesco distante com as famílias reais portuguesa e brasileira.

Bem, pessoal. Espero ter matado pelo menos um pouquinho da curiosidade de vocês sobre a Bélgica. Muito obrigada a você que acompanha o nosso trabalho. Por favor, fique à vontade para deixar seus comentários. Também é possível acompanhar as novidades pela nossa página no Facebook.
BOA SEMANA!

BOAS LEITURAS!

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