O QUE É CIBERNÉTICA?

 Boa noite, pessoal. Nas últimas semanas, li:

·        O Caminho de D”us de Moshe Chaim Luzzato;

·        Criar Filhos no Século XXI de Vera Iaconelli;

·        A Criança com Asma e sua Família – Avaliação Psicossomática e Sistêmica da Professora Doutora Dóris Lieth Peçanha da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar);

·        Descubra seus Pontos Fortes 2.0 de Tom Rath;

·         Tudo é Linguagem da pediatra e psicanalista infantil, Françoise Dolto.

Finalmente li 18 livros neste ano, o que quer dizer que, na média, li dois livros por mês até agora (sou impulsionada por metas). Aprendi coisas úteis com cada uma das leituras, mas de qual é melhor falar?

Vou falar de Cibernética, então. Por incrível que pareça, aprendi sobre isso no livro sobre crianças com asma. No livro, ao falar da transição entre a Primeira e a Segunda Revolução Cibernética, a autora mencionou a importância dos trabalhos do neurobiólogo chileno Humberto Maturana (nascido em Santiago, em 1928, biografia na Wikipédia aqui) e do biólogo e filósofo, também chileno, Francisco J. Varela (Santiago, 1946 – Paris, 2011, biografia na Wikipédia aqui).


Humberto Maturana, amanhã será seu aniversário de 91 anos, é um biólogo, filósofo e professor universitário chileno, que revolucionou a cibernética (que também já lecionou na University College London e na Universidade de Harvard).
Foto da Wikipédia.


O bom é que eu não sei nem o que é cibernética direito, de repente, tive que aprender que esse campo do saber já passou por duas revoluções e que o trabalho dos pesquisadores chilenos foi muito importante para que isso acontecesse. O melhor é que aprendi sobre isso lendo um livro sobre asma (e pesquisando na internet depois). Eu imaginava que cibernética obrigatoriamente tivesse a ver com robótica e robôs e todas aquelas coisas relacionas à ficção cientítica. Fiquei surpresa em descobrir que cibernética é muito mais do que isso e muito diferente disso.


MAS O QUE É CIBERNÉTICA?


A cibernética é uma ciência, nascida em 1942, que tem por objetivo desenvolver técnicas e linguagem que nos permita abordar o problema do controle e da comunicação em geral, tanto em animais (e seres humanos) quanto em máquinas. Por natureza, ela é uma ciência interdisciplinar. A cibernética estuda os fluxos de informação que rodeiam um sistema, seja ele animado ou inanimado. Basicamente, estou resumindo informações que tirei da Wikipédia (link aqui). Achei este vídeo do Itaú Cultural que explica muito bem o conceito e é bem curtinho (1 minuto e 16). Vou deixa-lo aqui embaixo.



Além disso, descobri que também existe a pedagogia cibernética e a pedagogia cibernética-sistêmica.


MAS O QUE É PEDAGOGIA CIBERNÉTICA?


Voltando aos nossos Hermanos chilenos, Humberto Maturana se tornou famoso por desenvolver o conceito de autopoiese.

Um sistema autopoético, por exemplo, um ser humano, é um sistema capaz de se autodefinir, se autoconstruir e, frequentemente, se renovar, a partir das duas ações anteriores. Ou seja, esse ser é autônomo para “mexer” com seus constituintes básicos que são, a estrutura e a organização. A estrutura são os componentes desse sistema (no nosso exemplo, do ser humano). Define-se organização como a relação entre esses componentes. Eu entendi que podemos pensar, por exemplo, nos componentes que formam um ser humano e suas relações entre si.

Além desses dois constituintes, existe também o meio. Mas, na visão de Maturana, o meio depende intimamente do ser que responde aos estímulos que provoca, sendo os estímulos respondidos de acordo com relações internas do ser (humano) perante esse estímulo externo. Ou seja, o estímulo vem de fora, mas a reação parte de relações internas do ser.


Francisco J. Varela foi um biólogo chileno, que desenvolveu o conceito de autopoiese junto com Maturana. Foi co-fundador do Mind and Life Institute (Instituto Mente e Vida), nos EUA, que visa a promover o diálogo entre budismo e ciência.

Maturana atribuiu essa característica ao processo cognitivo (de aprendizado), contrapondo ao que se pensava anteriormente, que eram os estímulos externos que geravam o aprendizado. Ou seja, anteriormente se acreditava que era aula expositiva dos professores (estímulo externo) que geravam o aprendizado nos alunos. Maturana veio e disse que as condições internas dos alunos (e aí não podemos pensar só em inteligência cerebral, mas, sim, em diversos fatores) e como essas condições internas interagem dentro desses organismos vivos, chamados alunos, que gera o aprendizado. Parece óbvio agora, mas foi revolucionário na época.

Muito pouco tem a ver com estímulos externos, pois um mesmo estímulo pode gerar diferentes aprendizados. Por exemplo, eu aprendi sobre cibernética, lendo um livro sobre asma. Agora estou compartilhando com vocês, e o que vocês aprendem com isso?

Muito obrigada por permitirem que eu compartilhe isso. Querendo saber mais novidades, vocês me acham no Facebook e no Instagram.

 

BOAS LEITURAS!

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