ESTAMOS DE VOLTA! LEITURAS NO MÊS DA MULHER

Olá, pessoal. Antes de mais nada, por favor, me desculpem pela demora. Fiquei várias semanas sem escrever. Como algumas pessoas sabem que as pessoas da minha família são idosas (todas com mais de 70 anos e ainda não conseguiram ser vacinadas), me procuraram com medo de que o pior tivesse acontecido. Graças a D’us, esse não foi o caso. Meus familiares estão bem. Muito obrigada pelo carinho e atenção.

Essa tragédia da pandemia me deixa sem clima para escrever sobre outras coisas. Meus pêsames a quem perdeu pessoas queridas. Mas o motivo principal pelo qual não escrevi nas últimas semanas foi uma sobrecarga de trabalho. Passei várias noites trabalhando até madrugada, meu relógio biológico ficou completamente bagunçado e ainda preciso de muito foco e energia para terminar. A meta é concluir até 14 de abril.

Mas li e continuo lendo muita coisa interessante nos intervalos. Estou lendo “A Arte de Entrevistar Bem” da jornalista Thaís Oyama e “O Segredo Judaico de Resolução de Problemas” do rabino Nilton Bonder. Recentemente terminei de ler “The view from Castle Rock” da Nobel Canadense Alice Munro (nascida em 1931). Eu li em inglês, mas essa autora e esse livro já possui diversas traduções para o português, por exemplo, “A Vista de Castle Rock” da editora Biblioteca Azul.

Tradução em português da editora Biblioteca Azul

Comprei o livro físico quando visitei a Biblioteca de Toronto por um dólar canadense. A Biblioteca possui uma seção onde as pessoas podem doar seus livros usados. A Biblioteca limpa, organiza e revende por um preço simbólico. O meu exemplar estava em excelente estado e foi menor preço que eu vi para um livro da Alice Munro. A história é uma coletânea de contos que vão desde a imigração dos ancestrais da autora, da Escócia para o Canadá até a juventude e vida adulta da autora, passando por episódios como a falência dos pais na Grande Depressão, os casamentos da autora e sua luta contra um câncer no seio. A leitura é muito interessante para entender um pouco da mentalidade e cultura canadense, como eles se veem, como eles veem os norte-americanos e como eles agem. Embora o Canadá não seja um país onde eu queira viver, gostei muito de algumas características do povo canadense, a leitura me fez relembrar algumas coisas interessantes.

Biblioteca Pública de Toronto. Em inglês, Toronto Reference Library.
Imagem retirada da Wikipédia.

Mas a América do Norte possui diversos grandes escritores e escritoras. No próprio Canadá, a leitura de Antonine Maillet (nascida em 1929) me impactou mais. Se eu tivesse que escolher entre as duas para premiar com o Nobel, eu escolheria a Antonine Maillet. Infelizmente, ela escreve em um francês regional, isso dificulta a tradução e o tamanho do público leitor, o que possivelmente também restringe as chances de se ganhar uma premiação como o Nobel. Relembre o meu encontro com autora na Feira do Livro de Montreal, clicando aqui.

Os Estados Unidos tem três mulheres laureadas com o Nobel, Pearl Buck (laureada em 1938), Toni Morrison (laureada em 1993, a única mulher negra laureada até hoje) e Louise Glück (laureada em 2020). Já li o livro “A Boa Terra” de Pearl Buck, baseado na sua experiência vivendo mais de 30 anos na China, e gostei muito (relembre aqui). Talvez por ser mais exótico e único, achei mais interessante do que a leitura de Alice Munro.

Livros que eu vou ler até o próximo Dia da Mulher.

No dia da mulher, resolvi comprar mais livros de laureadas com o Nobel. Das 16 mulheres laureadas, já li 10 (incluindo a Alice Munro). Confira a lista completa clicando aqui. Assim, faltam seis autoras para ler. Comprei um livro da Nelly Sachs (laureada em 1966, escritora naturalizada sueca), outro da Nadine Gordimer (laureada em 1991, escritora sul-africana, a única laureada do continente africano) e um terceiro da Toni Morrison (laureada em 1993, norte-americana e afrodescendente). Espero lê-los em breve e compartilhar minhas impressões com vocês.

Muito obrigada pelo apoio.

Boa Semana!

Boas Leituras!

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